25 de dezembro de 2012

Se calhar esse sempre foi o meu maior erro. Planear o que não se deixa planear. Prever o imprevisível. Por tudo o que se passou, tive como lições não planear um sonho. Sim, porque aquilo que sempre planeamos, não eram planos para um futuro em condições, mas sim sonhos para um amanha feliz. Um sonho não se planeia, luta-se. Éramos sonhadores, sempre sonhámos demasiado alto, mas sempre nos esquecemos de lutar, de lutar até ao fim, porque sempre ficámos a meio. Tudo o que existiu entre nós nunca teve um ponto final, porque vamos construindo o “nós” aos poucos. Lutamos aos poucos. Não digo que isso é o correcto ou o errado. Sinceramente não sei bem. Sei apenas que não posso prever o amanha, não posso construir grandes sonhos em cima de pequenas pessoas, essas pessoas podem-se ser ir embora de um momento para o outro, e levam com elas aquilo que, supostamente me fazia parte, levam tanto o meu ser, como a minha felicidade do momento e o meu bem-estar. Os nossos sonhos devem estar sempre connosco, e não devemos entregá-los a ninguém, não estou a dizer que não os possamos partilhar. Não, tanto que um dos meus maiores sonhos é com ele que quero viver. Mas foi com ele, também, que fiquei sem o meu coração uma data de vezes. Sempre o entreguei, e ele, por vezes, ia-se embora e levava-o com ele. E com isso aprendi, a não entregar  o meu coração a ninguém, mas sim colocar alguém dentro dele. Por isso sempre disse, para não magoares nenhum coração, porque podes estar dentro dele.